Ser tudo e nada

Uma mão cheia de tudo e logo outra cheia de nada, ou melhor, completamente vazia.
É como ter o passado e o presente a colidirem com a incerteza do futuro.
Sei bem o que me/te vou fazer, mas ainda assim gosto de pensar que esse futuro para ti não existe. É o teu fim na verdade. Uma mera vingança para comigo mesma.
Gosto de pensar que terás o futuro risonho, em que juntos partilhamos pequenos momentos prazeirosos. Em que a nossa relação cresce, evolui, melhora, tornando-se assim mais-que-perfeita.
Citação: “A perfeição não existe.”. Nem eu a ambiciono.
Ambiciono agora apagar memórias, ainda que boas, desta mente, que em nada é brilhante.
Memórias que trazem pensamentos, pensamentos que trazem preocupações, preocupações que trarão dores, dores que criarão angústias, angústias que custarão a passar. Passagem de vida que será eternizada e gravada para nós como uma fase sempre nossa. Ainda que jamais te lembrarás.
Pequeno castigo, mas muito severo. Nunca foi fácil perder quem aprendemos a amar.
Podia apenas fazer com que desaparecesses mais tarde. Era possível, mas pouco provável. Se desapareceres já, não me magoas mais. Ou magoarás para sempre?!
Certo e sabido é que com facilidade virá outro igual a ti. Com outras características, porque ninguém é feito da mesma forma. Mas vem para te substituir.
Será que vou ficar tão contente, como fiquei ‘hoje’? Não sei, ninguém o sabe. É a velha história do futuro.
‘Hoje’ o coração ainda bate, com bastante força até. Capaz de se fazer ouvir, com pequenos ruídos de fundo a interferirem, mas ainda existimos os dois.
No futuro, talvez seja só eu a seguir esse ritmo, com isso vou-me libertar de ti, e tentar de novo ser feliz.

28 de Janeiro 2010, 02h 04.

3 comentários:

  1. Tens andado muito apagada. Ass: Aquele que nao sabe quem escreve se a Bia se a Beatriz

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  2. Há coisas que não são pedidas, por atropelamento descuidado ou mera vontade do destino, se este realmente existir, mas têm que ser feitas. Não nos tornam melhor ou piores, apenas mais fortes e conscientes...dão-nos outros olhos, mais amargurados ou não, mas com história e certezas de um caminho, ainda que custe. (eu, admiro-te, hoje ainda mais:)

    Cate*

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  3. Saudades*Vamos fazer o quentinho?;)

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